segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

São meus

São claros na sua escuridão tremenda. Mostram-me tanto, mostram-me toda a tua imaturidade perante esta situação. Mostram-me o quanto gosto deles e mostram-me o porquê que tanto procurei mas que hoje não quero aceitar.
São filhos duma vida que os encheu de paixão, são aprendizes duma vida que vais pisando a medo.
São tão teus como meus e não mos tentes tirar... São a tristeza que alegremente aceito sem negar, são a minha alegria que nem tu consegues preencher mesmo que queiras.
Tu foste a minha vida, eles são hoje o meu destino. Fugiste, mas eles continuam aqui. Vigiam-me e falam ao meu ouvido dizendo teu nome que sem eles não iria mais recordar.
E mesmo longe, consigo sentir a frieza deles que me fazia sentir tão bem. Consigo ouvir a tua voz que acompanhava o percurso deles no meu corpo que te alimentava sem me tocares.
E quando sugavam o meu ser, alterando a minha respiração e todos os batimentos do meu coração. Colados em mim, fazendo-me sentir desejada, fazendo-me sentir tua. E no fim, quando gritavas meu nome, eles diziam-me de novo o quanto me amavas e o quanto me querias.
No meu peito hoje frio, eles relembram a felicidade que ainda idealizo e retratam todos os momentos em lágrimas agridoces.
São tão meus esses teus olhos.

domingo, 14 de janeiro de 2007

Não te sinto em falta

Não sinto falta nenhuma do que nos rodeava, não sinto falta do tempo que partilhámos com outro alguém, nem penso no que dizias aos outros perto de mim. Lembro por vezes das vezes que rias das coisas que eles diziam, mas só me lembro do teu sorriso, não do que te rias.


Sei de ti doutra forma. Recordo perfeitamente todos os momentos a que chamámos nossos. Sei do que te rias quando estavas comigo, sei porque me fazias rir. Sei porque chorámos, sei porque escondemos as palavras e nelas dissemos tudo o que era suposto um beijo mostrar. Vi o que só a mim dizias mostrar, mostrei o porquê das lágrimas que te apresentei e que achaste tão desconfortantes. Sei que foi nelas que viste a tua luz na altura, sei que foi no que sentia que foste buscar a força para te levantares após o choque que agora sem ti aguento sozinha. Do que tínhamos, fiquei com o nada que me entregaste. Mas sei o porquê da tua fuga.


Continuas a espalhar olhares e sorrisos? E aqueles “Eu gosto de ti, e muito...”? São meus. Sinto só vontade de rasgar a página, as merdas que faço. Hoje tudo me ataca, preciso do teu “Deixa lá, tens-me sempre a mim”, da tua mão nas minhas costas, da minha mão na tua cintura, dos nossos olhos no nosso sorriso tão parvo para quem via de fora.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Sem sucesso

Se soubesse o que sei hoje, teria sido muito mais furtiva. Teria tentado mais vezes uma aproximação, só para te proteger daquilo que é o teu segredo e que te faz tanto mal. Fez-te aprender a viver duma forma tão bonita, e foi essa forma que me agarrou. Se não fossem as armadilhas que a vida te montou, nunca terias aprendido a escapar delas, por assim dizer. Terei sido clara o suficiente? Agora que foste, será que perguntas porquê? O porquê da minha devoção? O meu quase culto...? Não era apenas pelo amor que te nutria, mas também por aquilo que contigo tinha a aprender e por todos os obstáculos que nos comprometemos a ultrapassar, juntos. E sei que vais negar a beleza do nosso passado, só para me fazeres sentir impotente, mas vais sorrir e iremos voltar ao mesmo, aquela amizade tão estranha que só a nós faz jus. E sentirmo-nos mal ou chorar pelo que passou está fora de questão. Somos bem capazes de até rir sobre aquilo que mais nos custou.
A noite cai, cada um para seu lado. E aí, dói. Dói muito. É pesado, é praticamente tortura. Nessas alturas preferia nem ter ido ter contigo.
O sol já nasceu e és a primeira pessoa a quem falo no começo do dia. Trazes-me o pequeno-almoço à cama. Sabes bem aquilo que me faz sorrir.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Porque é de ti

Porque é de ti que recebo a minha paz, rasgo de luz que me deixa completamente tonta, sem nada a esconder-te. E se é de ti que ela vem, essa minha paz, é das tuas mãos que a quero receber. Faz aquilo o que, perante mim, prometeste. Depois disso, podes sair. Mas ao menos tenta, não te julgarei se não ficares.


Uma vez, fizeste-me sangrar com um murro que me deste quando te tentei encher de tinta, claro que te fiz chorar até não aguentar mais conter a vontade me rir e de limpar as tuas lágrimas, cobrindo-te daquilo que dizias ser o porquê de teres pousado sobre mim o manto da tua paixão. Paixão brilhante, que foi perdendo loucura até à rotina diária do beijo-abraço-apalpão-cama. Foi nisso que se tornou. Mas isso, faz-me muita muita falta.


Pensei aguentar-me perante ti, dizer-te a verdade. Nunca te menti, mas ocultei a forma como me senti quando me penduraste.


Ligo-te. Ahh... se soubesses o que penso enquanto falo contigo, dizendo exatamente o contrário daquilo que era suposto dizer. Mas ainda sei dizer-te a coisa certa, sei que vai resultar: "Amanhã, às oito aqui em minha casa?"

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

A Minha Primeira Vez

Foram muitas as pessoas que me desafiaram, de facto. Mas isto de criar um blog nunca me pareceu muito o meu estilo, mas, no entanto, estou aqui. Este meu post, é o primeiro de muitos, espero. Se não para muitos lerem, ao menos que seja para os meus amigos que vou obrigar a entrar aqui e a comentar. É a eles que dedico este blog. Chatearam-me até me convencerem e é por eles que estou aqui.
Mas bem... Criei este blog, para expôr muitas das coisas que escrevo. Gosto de mostrar o que escrevo aos meus amigos, dou muita importância ao que eles têm para a cerca dos meus "desabafos". E foi numa noite destas que a minha amiga, zorra, parva, atrasada e toto Ângela, depois de ter lido um dos meus trabalhos me disse para criar um blog. Segui o teu conselho. Obrigado.


Tenho 15 anos e estou no curso de Humanidades para seguir para jornalismo e quem sabe outras coisas mais. É a escrever que me expresso bem, é a escrever que me mostro e doutra forma seria sempre eu, mas aquele eu exterior, igual ao interior, mas onde este último prima pela complexidade que desfaço quando me mostro. Gosto de relatar a minha complexidade e é sobre isso que escrevo. Mas às vezes é-me muito difícil fazê-lo, aí chamo os amigos e a minha música. A minha música. Irei muitas vezes falar nela.


Brevemente, sairá o primeiro de muitos desabafos e espero que neles se identifiquem. Espero que neles se encontrem e que assim se sintam melhor.

Brevemente...

O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.