São claros na sua escuridão tremenda. Mostram-me tanto, mostram-me toda a tua imaturidade perante esta situação. Mostram-me o quanto gosto deles e mostram-me o porquê que tanto procurei mas que hoje não quero aceitar.
São filhos duma vida que os encheu de paixão, são aprendizes duma vida que vais pisando a medo.
São tão teus como meus e não mos tentes tirar... São a tristeza que alegremente aceito sem negar, são a minha alegria que nem tu consegues preencher mesmo que queiras.
Tu foste a minha vida, eles são hoje o meu destino. Fugiste, mas eles continuam aqui. Vigiam-me e falam ao meu ouvido dizendo teu nome que sem eles não iria mais recordar.
E mesmo longe, consigo sentir a frieza deles que me fazia sentir tão bem. Consigo ouvir a tua voz que acompanhava o percurso deles no meu corpo que te alimentava sem me tocares.
E quando sugavam o meu ser, alterando a minha respiração e todos os batimentos do meu coração. Colados em mim, fazendo-me sentir desejada, fazendo-me sentir tua. E no fim, quando gritavas meu nome, eles diziam-me de novo o quanto me amavas e o quanto me querias.
No meu peito hoje frio, eles relembram a felicidade que ainda idealizo e retratam todos os momentos em lágrimas agridoces.
São tão meus esses teus olhos.
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