(Escrito com 18 anos, no fundo da amargura. Que não se volte a repetir e que este apelo ao céu chegue)
Os passos tortos que a vida me deu,
Ou fui eu que os dei à vida e mentiram
Os passos da alma quando se perdeu.
Condenam-me apenas por chorar,
Sabendo que sem mim, nada existe.
Condenam-me apenas por amar,
Sabendo que sem amar, nada resiste.
E o que era meu, fui deixando a norte,
E que era nosso, perdi no caminho.
A minha vida não conhece a sorte
E o meu coração, anda sozinho.
As dores que a vida me nega agora,
São janelas que o amor me abriu.
Sei que há um mundo meu lá fora,
Mas o que era meu também já fugiu.
Eu amo tanto que parece que esqueço
Que amar é fruto da triste solidão
Porque olho para ti e eu não mereço
Ser senhora desse perfeito coração.
Se o azar me bater hoje à porta,
Se fores embora para nunca voltar,
Deixa em mim a esperança morta
Para me impedir de voltar a amar.
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