O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.
sábado, 9 de março de 2013
.Dicionário
Utopia. O sonho de ser quem fui ou o sonho de ser quem era. Fui pequena mas inocente e agora não sou mais que quimera. Era alguém que tinha sonhos, fiz planos e croquis. Afinal, obedeci ao que o destino tanto quis. A utopia é hoje a certa hora, em que penso que posso sonhar, pois sonhei outrora e hoje não me sei lembrar. Temer o que não é meu ainda, prende-me os pés ao chão. Mas à Terra, a minha vinda, terá que ter explicação. Suponho agora que a metáfora é utópica só por si. Dou aos sonhos outro nome para vê-los crescer em mim. Deles tiro o imediato, o que posso fazer prontamente pois o que é maior é só um buraco que eu abri de repente. Escondi-me de pequena que sou e não posso ver ninguém. A coragem alguém me levou e só queria ser alguém. Não tenho pena de mim, já tive mas foi embora. Porque se me sinto assim, é culpa minha agora. Lutar é inútil se sou tanto desespero. Talvez me sinta fútil por ser sonsa sem tempero. Vejo-vos todos lutar por alguém, e fazem bem, sim. Mas eu sou eu esse alguém e ninguém lutou por mim. Utopia é querer acreditar que a vida é mais que isto. Quem sabe, noutro lugar, eu descubra o imprevisto.
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