terça-feira, 18 de setembro de 2007

Margem do que não se vê

O que o meu escuro esconde, não conto a ninguém. O que o meu refúgio acalma, é da minha conta. O que a minha música provoca, não é de quem vê, mas de quem sente e quem sente sou eu. Egoísmo? Nem me interessa o que lhe chamam, a mim é-me necessário.
A céu aberto, a vista é a que apresento. Liberta demónios, cobre-os de ouro, torna-os capazes de sair sozinhos. Cria sonhos e esperança.
E quando se acaba... acaba-se tudo.

HELP I NEED SOMEBODY! HELP!

Há sempre um dia negro. Há sempre um dia em que não sei em quem me tornei. Esse dia é hoje. É o hoje que dói. É hoje que preciso de ajuda... e ela não aparece. É hoje que preciso de convites para sair... é hoje que me agarro ao telemóvel à espera de alguma coisa... e nada. Não peço porque sou orgulhosa e porque acredito que amanhã já não custa, mas hoje está a custar.
A certeza duma incerteza grande e feia mata qualquer resto de alegria. Só peço um momento de conforto, umas palavrinhas simpáticas e umas frases feitas, ou seja, tudo o que antes achava descartável mas que agora me é totalmente necessário.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

The day before 'The Day'

Quando não há mais nada material para preparar, quando não há mais nada material para fazer, o corpo desiste e deixa-se controlar pela antecipação. Planeio o que dizer, preparo piadas e clichés. Antecipo os meus movimentos em função dos teus que prevejo virem a realizar-se. Tento ver o que as outras pessoas podem alterar neste plano perfeito e faço um plano B. Prometo-me a mim própria não fazer piadas parvas, não parecer muito nervosa ou desesperada. Bato com a cabeça na parede quando, perante esta promessa, me lembro de tudo o que te disse estupidamente...
Tudo pronto. Relato depois o que se passou. Mais sei eu que tudo o que preparei não me vai servir de nada.

O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.