quinta-feira, 16 de maio de 2013

.Glória

Caminhos que são discretos,
Escondidos sonhos em vão,
Água que nasce nos desertos,
Sedes que cegam o coração.
E tu, diz-me a pura verdade,
Não tens razão nem escolha,
Porque te cobra a saudade
Se és só uma branca folha?
E em ti escrevo a amargura
Que me dás e não te prende
Pois nem essa tua doçura
Me alivia a dor que se vende.
Troco este final de história,
Por outra história qualquer.
Não é digno fim sem glória
Não fosse eu apenas mulher.

terça-feira, 7 de maio de 2013

.Intenções

São ternuras perdidas em almas escolhidas, sombras vividas na paixão que revela o calor. E eu sou perdida por eles, louca e mal-amada, cega e desesperada sem neles me rever. E escondo a vontade de ser casada, com um olhar que não me é nada e sei que o tempo não pára e eu me canso de correr. Os esforços mal aplicados, noções de quem faz rolar os dados, caminhos contrários à verdade que me afastam de tantos fados. Os destinos que escolhi não foram desenhos que em mim fiz. Deixei-me pintar e fui olhando para os quadros que eu quis. Diferentes luares não são luas diferentes e o sol que brilha é só a brilhar. Mas os teus olhos são tão quentes que de, tão frios, me pedem para amar.

O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.