domingo, 28 de dezembro de 2008

.Queimei


Não pedi licença, entrei.
Mordi o desgosto de não ser,
A vontade de não chegar
E o querer aprender.
Não fui certa, perdi.
Não soube estar, chorei.
Fui o pouco que investi,
O que não disse nem mostrei.
Vais como pesadelo triste,
Que se acaba ao amanhecer.
Ficas como sombra que insiste
Ver-me só para te ver crescer.
Não dei importância ao todo
Que se divide e faz reviver
O muito que fui sentido
E que hoje corta e faz sofrer.


Foste. Não há mais lenha por onde arder.

1 comentário:

PQ disse...

Arrepende-te só daquilo que não fizeste.

O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.