sexta-feira, 21 de novembro de 2008

.E eu quero-o


Minto-me constantemente. Minto a quem procura a verdade. Não quero nunca reconhecer que ainda te tenho como certo, que ainda espero que voltes atrás. Nego achar justo que te arrependas, mas desejo todos os dias que a noite te traga o desassossego dum passo mal dado. Quero ser esse passo. Ainda penso em ti no teu estado, para mim, mais puro. Prefiro apagar o lado negro que me deixou escura e sem retorno à luz que me trazias todos os dias. Não a acho em mais ninguém e temo dar de mim o que contigo deixei.
Quero que voltes, feliz como te achei, puro como te encontrei. Volta, mas não para errar da mesma forma... E, agora ao escrevê-lo, menti-me outra vez. Quero que voltes, de qualquer jeito, mesmo que venhas para partir.

Mesmo que seja pelo fim que nunca me deste, mereço-o. E quero-o.

Sem comentários:

O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.