Hoje dormi sozinha numa cama contigo.
Dormi num corpo que é meu amigo. Num olhar que já não é o antigo, num beijo frio que soube a perigo. Hoje contigo dormi sozinha. Quieta, solidão que não passou. Meu peito não te encontrou e eu pensei que era tua. Mas tudo o que é meu flutua e eu estou agarrada ao chão. Não te faz confusão? Amor, eu e tu não pode ter sido em vão. Se assim foi, porque gira o mundo então? Ficaram as roupas pelo quarto, o cheiro a ti que nunca me farto. Mas nem aí, tu foste e eu estou tão só como só estive toda a noite. Eu quero-te tanto que nem sei se te conte. O amor não é visão que se esconde. Fados mil, encontra-me a meio da ponte. Eu prometo, amor, eu prometo. Eu levo-te comigo. Amor, eu prometo. És tudo aquilo que te digo. Fica, serei abrigo. Cuida de nós e eu conto contigo. Não vou ser uma história que não se escreveu e quantas vezes te escrevi eu? Em tudo foste tu que deixei de ser só eu. O teu é meu e o meu é teu.
Eu espero. Decidi na hora. Quanto tempo leva aquilo que demora? Espero uma vida ou vens agora?
O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
.8.46h
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O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.
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