Lua, que tanto queres brilhar.
Sol, que me cegas a saudade.
Só de noite sei ver e sonhar,
Mas noite só me trás vontade.
Letras soltas em carne viva,
Sangue vivo de alma sofrida!
Perco o rumo à expectativa,
Entre dia e noite, tão dividida!
Aceito os fins que não foram,
Meios que nunca sequer vivi.
Os fados que agora choram,
Foram de destinos que sofri.
Dores que nego mas aceito,
O que o coração despista,
É com o que hoje me deito,
O maior sentido de fadista!
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