sexta-feira, 30 de setembro de 2011

.Fins dos meios

O que foi feito em defeito,
Engenho, arte e loucura,
Foi escrito bem a jeito
De quem só procura.
Não finjo a maldade,
Porque não a tenho,
Mas tenho saudade
E por este meio venho.
Palavras contigo só são,
São o que são, o vento.
Voam agora só na ilusão
Daquilo que ainda tento.
Volta nas horas certas,
Leva pensamentos feios.
Decisões agora incertas,
São fins que justificam meios.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

.Querer/Poder

Queria ser altiva,
Bem falado amor,
Já quis ser Diva,
Já quis ser actor.

Já quis que me quisesses,
Já quis que fosses perto.
Já fiz com que fizesses
Da lágrima, um deserto.
Já pude ser infalível,
Já pude ser perfeita,
Agora quero o inatingível,
Tu, na hora da desfeita.

Queres agora,
Só podes amanhã.
Não jogues fora
Confiança sã.

O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.