
Não pedi licença, entrei.
Mordi o desgosto de não ser,
A vontade de não chegar
E o querer aprender.
Não fui certa, perdi.
Não soube estar, chorei.
Fui o pouco que investi,
O que não disse nem mostrei.
Vais como pesadelo triste,
Que se acaba ao amanhecer.
Ficas como sombra que insiste
Ver-me só para te ver crescer.
Não dei importância ao todo
Que se divide e faz reviver
O muito que fui sentido
E que hoje corta e faz sofrer.
Foste. Não há mais lenha por onde arder.