Banhei o amor em chás que fossem calmas,
Dei-lhe banhos de sal tão grosso que doeu,
Que Deus ore e reze por estas tristes almas
Que em tantas horas também sentem como eu.
Cada passo em vão me atropela e ultrapassa,
Cada sopro me destina um destino tão frio.
Aqui, só a saudade me fala e me abraça,
Aqui, nada guia para o mar este pouco rio.
O silêncio diz-me tanta cruel e vã verdade,
É um amigo que me dá e me tira a solidão,
Tolda-me a visão que tenho da realidade
E já não sei se é real esta minha indecisão.
Peco por não saber já quem me conhece,
Já nem sei conhecer-me a mim como sou.
Parece que o coração se apaga e esquece
De quem fui, quero ser e quem o mar levou.
O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
.E Então?
E então? Ao fim de tantos casos errados, outro caso mal amado, sem dores que sejam novas. Sem paz que se compre, sem amor que se conte, sem fins que desenrolem. E então? No fim de contas, tudo pago, nada em divida e tudo cobrado. É? E então? Sofro menos por me dar com limites e será que tu sabes onde me encontrar quando nada fizer sentido? Nada faz sentido, nem a luz nem o meu abrigo. É tudo dó, é tudo pena. E a pena de tão grande é serena, como alma que de tão pequena, errou outra vez sem par. Sem ar, sem promessas, sem interesses e as dores, essas, são loucuras de amores injustos. Perdi no caminho as pedras desse castelo e aqui de longe, ao vê-lo, não sei se fui eu quem o juntou. Mas fui eu quem o amou, fui quem dele cuidou. Sozinha numa enorme confusão, as pedras perdidas e a ilusão. E a desilusão.
E então? Sofre-se mais quando fala o orgulho, que não fala mas faz das memórias entulho e em nada se revê um bem-querer. Tudo é amargo e gosto de saber que por errar uma vez, se perde uma pessoa... duas ou três.
E então? Sofre-se mais quando fala o orgulho, que não fala mas faz das memórias entulho e em nada se revê um bem-querer. Tudo é amargo e gosto de saber que por errar uma vez, se perde uma pessoa... duas ou três.
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