sábado, 1 de junho de 2013

.Confronto

Queria perguntar ao teu desejo
Se afoga as dores nesse ferver,
Se encontrou conforto no beijo
Que sabes ser doutra mulher.
Pergunto se quando te chama,
Se o peito explode como fazia,
Se a voz dela também te engana
Com tanta verdade, como eu dizia.
Escuta, olha-me nos olhos, jura
Diz que amas essa mulher, diz!
Ela não tem culpa de não ser cura,
E das feridas não será cicatriz.
Sabes bem que o amor é só um,
Não fui eu e ela também não será.
Pois o teu coração é só nenhum
No meio do nada que não virá.

O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.