terça-feira, 24 de janeiro de 2012

.Onze

Não existe tamanha luz,
Nem tamanha imensidão,
Como o oceano que seduz
No meio da escuridão.
Brilha agora, bonita atitude,
Que foste ódio e desgaste.
Chega, amor, tão amiúde
Que, tarde, sempre chegaste.
Olhos que não vêem, cegos,
Não sentem o meu coração.
Olhos cegos que não sentem,
Vivem felizes na minha ilusão.

Ninguém me mandou ver,
Ninguém julgou que sabia,
Mas o ódio que senti ter,
Levaste, às onze, naquele dia.

O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.