quarta-feira, 30 de julho de 2008

.Do lado errado do que é certo

Raro em mim seria escrever-me feliz
Raro seria dizer-me contente
Tão raro quanto o bem que hoje fiz
Rodeada do ouro da minha gente.
E o lado errado é pensar-me inferior
Incapaz de abraçar o que é correcto
O que me dão não sei se é amor
Mas são tudo o que me parece certo.
Temo por mim se me der como sozinha
Temo as partidas dos que me dão a mão
Mantenho perto quem comigo caminha
Para que mantenham longe a solidão.
A importância cabe-me a mim atribuir
A intensidade cabe-me a mim manter
A distância cabe-me a mim definir
E tudo para não sair a perder.

terça-feira, 1 de julho de 2008

.Perdidos e Achados

Ainda te procuro. Todos os dias e em tudo.

Poucas vezes não te encontro
Aonde nunca te devia procurar.
Acabo por negar e escondo
Quando te quero onde não devias estar.

Nunca te substitui e quis
Que nunca ocupassem teu lugar,
Não só por tudo o que fiz
Mas pelo pouco que quiseste dar.

Foste tão mais do que soubeste
No tão pouco que te soube mostrar.
Tão pouca noção do bem que fizeste
E do mal que me viu derrotar.

Ainda te procuro porque me pegunto.
Ainda te tenho porque me iludo.
Ainda fazes muita falta dentro
Todos os dias e em tudo.

.Su

O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.