terça-feira, 20 de março de 2007

Se eu sentisse...

Acho que não me faz diferença sofrer... já só quero sentir alguma coisa. Perdi o meu medo de cair. Já me jogo ao chão. Ofereço-me quase. Quero morrer de amores, quero levar 24/7 sobre o sorriso de alguém, quero ser sombra dum amor não-correspondido. Também porque amores não-correspondidos são os únicos que conheço. Quero sofrer, daquele sofrer puro, chorar noites inteiras... mas sentir. Acho que já não peço para me fazerem sorrir. É mais difícil um sorriso que uma lágrima, quando me sinto assim. Ao menos que me façam sentir. Quero ser fiel, resistindo à tentação de outro alguém atraente. Quero ser unicamente de alguém, perdi rumo, estou sem "dono".
Vivo no escuro, acho que me apanhaste... sim, tu... solidão, que um dia achei miragem. Foste-me necessária, lutei por ti. Agora quero-te longe... muito longe. Dá-me o sorriso, dá-me aquele "Look - matador"...
Tempos de escola, tempos de sorrisos. Tempo de França, tempos de Senna e Torre Eiffel... tempos em que sabia o que era, sabia o que queria. Hoje, o tempo passa e nem o sinto passar por mim. Antes, o tempo era o vento simples e colorido que me fazia sorrir, por me aproximar mais da felicidade. Hoje visto preto. Quem me vê, não sabe. Quem conhece, nota. Mas cala, a medo.
Não sei... sinto-me "out". Sinto-me fora do cenário.

O fado que eu escrevi, foi o que para mim quis. O fado que me foi escrito, eu cumpro e nem acredito.